12 mar Saiba mais sobre os impactos que o Coronavírus está causando no mundo
O Coronavírus está deixando claro que as cadeias de suprimentos precisam ser mais flexíveis.
Por um lado, as autoridades de diversos países estão trabalhando para impedir que o Covid-19 se espalhe ainda mais pelo mundo e realizam o tratamento de pessoas já infectadas. Além disso, fabricantes de diversas indústrias estão combatendo o impacto do Coronavírus em suas cadeias de suprimentos.
Esta crise, que tem como causa, as fraquezas nas estratégias de fornecimento, poderia ter sido evitada se estas fragilidades tivessem sido corrigidas anteriormente.
A crise é apresentada mais facilmente no gráfico disponibilizado pela Resilinc Corporation uma empresa de mapeamento da cadeia de suprimentos e monitoramento de riscos. O gráfico mostra o número de sites de indústrias localizadas nas áreas em quarentena da China, Coréia do Sul e Itália, e o número de itens provenientes das regiões em quarentena da China.
O gráfico deixa claro que a grande maioria dos fornecedores de diversas áreas está concentrada em áreas afetadas pelo Corona Vírus.
Um caso parecido, nove anos atrás…
Após o terremoto e o tsunami, que aconteceram em Fukushima, Japão, em março de 2011, muitas multinacionais sofreram os impactos negativos das fraquezas, que até então eram ocultas em suas cadeias de suprimentos, como: perda de receita e até mesmo, em alguns casos, a perda de capital de mercado.
O que surpreendeu as empresas, foi o impacto gerado também nos fornecedores de segundo e terceiro níveis na região onde os desastres naturais ocorreram, Fukushima.
Quase nove anos depois deste ocorrido as empresas ainda estão se esforçando para identificar quais de seus fornecedores indiretos (que não negociam diretamente com a empresa) estão baseados nas regiões afetadas pelo Coronavírus na China.
Diversas corporações também lamentam o fato de ter apenas um fornecedor quando se trata dos itens em que a empresa compra diretamente. Os responsáveis pela cadeia de suprimentos conhecem os riscos desta prática, mas o fazem para garantir que a empresa possua os itens necessários para seu funcionamento e/ou atingir a meta de custo.
Cada vez mais, as opções de escolhas de fornecedores ficam apenas um lugar: a China.
IMPACTOS DO CORONAVÍRUS NA ECONOMIA
Além dos impactos na cadeia de suprimentos de diversas empresas ao redor do globo, o Coronavírus está afetando também o mercado financeiro. Isso se deu pelo temor de uma recessão global e também pela incerteza causada pela falta de transparência do governo chinês.
IMPACTOS DO CORONA VÍRUS NA AMÉRICA LATINA
Brasil
A confirmação de 13 pessoas infectadas com Coronavírus no Brasil abalou a Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa, que segue caindo juntamente com os mercados de todos os países vizinhos na América Latina
“Haverá muita volatilidade a partir de agora e não só pelo Coronavírus. Entramos num segundo momento desta crise, com a redução de taxa de juros nos Estados Unidos anunciada nesta semana nos Estados Unidos”, explica o analista André Perfeito. O Federal Reserve reduziu as taxas em sessão extraordinária de olho no Coronavírus.
No dia 3 de março, o Banco Central comunicou que está monitorando os impactos do coronavírus na economia e que o período das duas semanas seguintes seria utilizado para observar com mais exatidão “os efeitos do surto da doença na trajetória prospectiva de inflação no horizonte relevante de política monetária”. Ou seja, caso a inflação do país também seja impactada por causa da redução de produção de serviços e bens, haverá uma redução de juros que seguirá o modelo norte-americano. Uma menor taxa de juros barateia o dinheiro e na teoria gera um aumento de consumo.
Já o contrário, a queda de juros, aumenta a cotação do dólar, pois a moeda entrará em menor quantidade no país. Isto irá encarecer importações e consequentemente encarecer também a produção.
MÉXICO
No dia 05 de março, a bolsa mexicana sofreu uma redução de 2,44% no Índice de Preços e Cotações, que é o seu maior indicador. Por consequência, sua moeda local, o peso mexicano caiu 8,5% após um tempo em que estava apresentando muita solidez a relação a moeda norte-americana.
Quanto ao índice da doença no país, o México está no mesmo caminho do Brasil. As autoridades mexicanas da saúde confirmaram, no momento, cinco pacientes infectados e avaliam 35 outros casos suspeitos de pessoas que apresentam os sintomas do Covid-19.
ARGENTINA
A Argentina já confirmou dois casos da doença em seu território e analisa mais um caso suspeito, com grande chance de se confirmar. Porém, o mercado está mais volátil às negociações do presidente da Argentina, Alberto Fernández, e o Fundo Monetário Internacional, do que para a epidemia em si. Mesmo assim, na última sexta-feira (06/03), a bolsa argentina seguiu a predisposição mundial e sofreu uma queda de quase 4%.
COLÔMBIA
Embora não se tenha confirmado nenhum caso de Coronavírus no país, a cotação do dólar segue em níveis históricos, chegando na última sexta-feira perto de 3600 pesos.
No Comments